O político Mogens Camre, ex-deputado do Parlamento Europeu, escreveu em sua rede social, no ano passado, que os muçulmanos estariam dando prosseguimento à política de Hitler contra os judeus na Europa e que, para resolver essa questão, eles deveriam receber o mesmo tratamento dado ao antigo líder nazista.
Om jødernes situation i Europa: muslimerne fortsætter hvor Hitler sluttede. Kun den behandling, Hitler fik, vil ændre situationen
— Mogens Camre (@MCamre) 24 julho 2014
"Sobre a situação dos judeus na Europa: os muçulmanos estão continuando de onde Hitler parou. Apenas o mesmo tratamento que Hitler recebeu mudará a situação", disse Camre em um tweet do dia 24 de julho de 2014.
De acordo com um site de notícias da Dinamarca, ao receber a sentença, o político da direita dinamarquesa decidiu apelar da decisão, argumentando que o limite de 140 caracteres do Twitter não foi o suficiente para que ele pudesse se expressar da maneira mais precisa.
Apesar de suas tentativas de se justificar, Camre ficou marcado no país por uma série de declarações polêmicas e racistas ao longo de sua carreira. Em 2009, ele disse em entrevista a um canal de TV que a presença dos muçulmanos na Dinamarca era pior do que a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Em 2005, afirmou que a baixa taxa de natalidade no país estava diretamente ligada ao "fardo da imigração" e, dois anos antes, foi acusado de racismo após dizer que os muçulmanos haviam se infiltrado no Ocidente com o objetivo de dominar novos territórios.