A reforma fará parte do novo projeto de lei de imigração que a administração conservadora de David Cameron introduzirá no Parlamento de Westminster em outono.
As propostas legislativas visam tanto o trabalhador quanto o empregador para contratar trabalhadores sem documentos regulares, e, assim, pretendem reduzir o fluxo de imigrantes para o país através de canais não oficiais.
“Atuaremos para impedir que os que estão aqui ilegalmente consigam trabalho, aluguem um apartamento, abram uma conta bancária ou conduzam um veículo”, disse o secretário de Estado para a imigração, James Brokenshire, ao anunciar as propostas.
Além disso, as autoridades podem confiscar salários e poupanças irregulares descobertas em uma local de trabalho.
Os empregadores, por sua vez, devem demonstrar a verificação periódica da nacionalidade ou da autorização de trabalho dos seus empregados.
A lei já pune empresas com multas de até 20 mil libras por empregar trabalhadores ilegalmente. No entanto, segundo o advogado Usman Sheikh, estas regras são aplicadas com pouca frequência e duvida que comecem a ser implementadas a partir de agora.
"Amplos setores da economia britânica dependem de pessoas que não têm direito de residência no Reino Unido e realizam limpeza, cuidam de idosos, ou trabalham como operários em construções que os britânicos não querem fazer", afirma o advogado.
Segundo ele, “as propostas do governo não se dirigem a controlar a imigração, mas facilitar a exploração dos imigrantes, se é permitido que eles permaneçam no país, lhes privam todos os direitos”.
Sheikh disse estar convencido de que o endurecimento da legislação “não dissuadirá a imigração porque a realidade é que muitos vêm ao Reino Unido porque se sentem desesperados e confiam no fato de não serem detectados pelas autoridades”.