Segundo as palavras da secretária, no quadro do mencionado programa os pilotos americanos realizarão treinamentos junto com os parceiros e aliados na OTAN para “apoiá-los e demonstrar o nosso empenhamento na segurança e estabilidade na Europa”.
Os F-22 neste momento são os únicos caças de quinta geração no mundo que estão sendo usados no exército. Neste momento estas aeronaves realizam missões no Oriente Médio contra militantes do Estado Islâmico.
Segundo o Pentágono, os planos de reforçar a presença militar norte-americana na Europa visam responder a uma suposta “ameaça” representada pela Rússia.
“A atividade militar russa na Ucrânia continua sendo uma das maiores preocupações para nós e para os nossos aliados europeus”, disse a secretária da Força Aérea estadunidense no briefing.
A Força Aérea dos EUA aumentou recentemente o número de patrulhas aéreas na região do Báltico quando o Reino Unido recebeu bombardeiros B-2 e B-52 norte-americanos.
“Claro, tal ‘vizinhança’ não irá acrescentar tranquilidade para os tchecos. Porque esta decisão mostra essencialmente um novo passo no caminho de agudizarão da situação na Europa e uma tentativa de preparar uma confrontação aberta com a Rússia”.
Ele também confessou que, segundo as suas estimativas, a presença militar americana está aumentando e criticou o pretexto usado pelos EUA para justificar estas ações:
“Tudo o que aconteceu na Ucrânia é culpa direta dos EUA. Não é segredo para ninguém que os americanos alocaram 5 bilhões de dólares para armar esta bagunça no Maidan. Agora eles usam a situação ucraniana para pressionar a Rússia numa luta geopolítica desencadeada por eles mesmos”
“Os EUA procuram uma ‘montra’, uma oportunidade de mostrar o avião em ação para contribuir para as suas exportações. O F-22 Raptor já participou várias vezes das operações no Iraque e na Síria mas, para estimular o interesse dos clientes europeus, os americanos decidiram colocar os aviões na Europa. Por exemplo, já se sabe que a Polônia está interessada neles”.
“O segundo aspeto é geopolítico. Os EUA deslocam novos aviões para a Europa em resposta a numerosos pedidos dos países Bálticos, especialmente por parte da Lituânia, que desde há muito tempo é conhecida por sobrestimar a chamada ameaça russa. Estão sendo deslocados também por causa da mudança da situação do leste da Ucrânia depois da recente agressão do exército ucraniano contra as forças do Donbass”.