"A decisão das autoridades estadunidenses é uma violação muito grave do direito internacional e é inaceitável para nós. Não posso aceitar tais condições restritivas de visto e por isso a participação da delegação russa na Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos se torna impossível", diz o comentário de Matviyenko divulgado pelo serviço de imprensa do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento).
"Parece que as sanções são um sinal de impotência política. Só revelam os fracassos da política dos EUA que tentam pôr a sua culpa pela situação na Ucrânia na Rússia", diz o comunicado.
Acrescentou que mesmo durante "a guerra fria" a União Soviética e os EUA mantinham diálogo e contatos a diferentes níveis.
Todavia, o direito internacional obriga os EUA a admitir políticos estrangeiros no seu território para participar das reuniões da ONU. Mas os Estados Unidos afirmam que esta lei não é obrigatoriamente aplicada a todas as conferências realizadas na sede da ONU. A IPU tem o estatuto de observador na ONU e as duas organizações cooperam, mas a IPU não faz parte da ONU.
O Conselho da Federação russo já informou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a impossibilidade de realizar um encontro com a presidente da câmara alta que foi planejado durante a visita da delegação russa aos EUA, informou o vice-presidente do Conselho da Federação, Ilias Umakhanov. Os restantes membros da delegação parlamentar russa também desistiram da visita.
Valentina Matviyenko está na lista de sanções contra as personalidades russas. Mais cedo foi anunciado que provavelmente Matviyenko não recebia visto de nenhum tipo. Os vistos restritivos são uma prática habitual dos EUA. Os vistos deste tipo foram emitidos para os "indesejáveis" diplomatas iranianos e norte-coreanos que participaram das reuniões da ONU.