Em 14 de agosto, após meses de negociações, o Eurogrupo, composto por ministros das Finanças dos países da zona do euro, aprovou o terceiro pacote da ajuda financeira à Grécia. A dívida externa do país é de 86 bilhões de euro (US$ 96 bilhões segundo a taxa de câmbio atual). As exigências para receber o novo pacote de resgate europeu preveem a realização de mais reformas e medidas restritivas, inclusive o aumento de impostos e cortes das aposentadorias.
"Desde segunda-feira [31 de agosto], até fevereiro de 2016, o governo deverá cobrar 24,7 bilhões de euros em impostos, 12,3 bilhões dos quais são referentes ao IVA e imposto sobre o consumo", divulgou o jornal grego Kathimerini.
Os contribuintes serão obrigados a "colocar a mão profundamente no seu bolso" devido à má gestão no Ministério das Finanças, o que levou ao aumento dos impostos, criando problemas significativos para as famílias e empresas, escreveu o jornal.
Ainda de acordo com a publicação, se os contribuintes começarem a fazer os pagamentos em fevereiro, as metas seriam alcançadas, mas a perspectiva das eleições pode complicar a situação.
Os gregos devem pagar a chamada taxa de solidariedade, bem como impostos sobre os salários e aposentadorias, no valor total de 2,3 bilhões de euros até o final do ano corrente. E, mais do que isso, em dezembro, o governo espera cobrar 1,1 bilhões de euro de imposto automóvel referente ao ano de 2016.
O premiê da Grécia, Alexis Tsipras, renunciou este mês para abrir caminho às eleições antecipadas, tentando obter de novo o apoio popular ao novo pacote de ajuda financeira. As eleições deverão ser realizadas em 20 de setembro próximo.