Os exercícios Trident Juncture 2015 serão realizados de 28 de setembro a 16 de outubro na Espanha, Portugal, Itália, no mar Mediterrâneo e oceano Atlântico. Com a participação 36 mil militares de 27 países, será treinado um cenário de guerra híbrida, que a OTAN considera um novo tipo de guerra alegadamente travada pela Rússia.
O general da Força Aérea da França, Jean-Paul Palomeros, citado pelo site DefenseOne, disse:
"Em termos de intensidade, estes exercícios são os maiores de todos os que a OTAN já realizou, talvez desde o fim da Guerra Fria."
Enquanto isso, vários analistas duvidam da existência de guerras híbridas, porque todas as descrições delas são baseadas em conflitos do passado.
Paul Saunders da publicação norte-americana The National Interest opina que a ameaça da guerra híbrida com a Rússia simplesmente não existe porque Moscou não tem interesse em territórios estrangeiros, ou, como escreveu ele:
“É pouco provável que forma de atuação na questão [da Crimeia] seja amplamente aplicada.”
Enquanto isso, os exercícios da OTAN são a parte da estratégia de aumento da presença miliar na Europa, do fortalecimento das forças de reação rápida, aumento do contingente norte-americano, aumento de grande escala do programa de exercícios e patrulhamento, bem como aumento dos gastos militares. Tudo isso corresponde precisamente ao documento do Pentágono “Estratégia Militar Nacional para 2015”, publicado em julho, que um jornalista norte-americano chamou de “guia de 24 páginas sobre a forma de governar o mundo usando a força militar”.