Quem pagará pela adesão da Suécia à OTAN?

A maior empresa de seguros, a alemã Allianz, fez uma lista de países nos quais é melhor as pessoas se aposentarem. Anteriormente a Suécia sempre esteve no top de tais ratings mas agora já não é assim, escreve o jornal sueco Svenska Dagbladet. Jens Magnusson, economista do banco sueco SEB, opina que a razão desta queda é a redução das aposentadorias pagas pelo Estado. A situação no futuro somente irá piorar, opina o especialista.    

“A aposentadoria estatal, que já é bastante baixa, irá cair ainda mais”, disse. 

Ultimamente, não foram só os aposentados que viram o seu bem-estar piorar.

O atual governo sueco, de maneira a obter meios financeiros para os seus planos, já aumentou alguns dos impostos, nomeadamente os que afetam as camadas mais vulneráveis da população. Por exemplo, foi aumentado o montante que o empregador paga por contratar jovens, o que, provavelmente, irá se refletir no número de jovens contratados. Algumas empresas com grande número de trabalhadores jovens veem-se obrigadas a fechar. Este tema é abordado, por exemplo, pelo Sveriges Radio.

Enquanto isso, o Estado gasta elevados montantes na defesa contra o “principal inimigo da Suécia” – a Rússia. Por exemplo, em longas buscas de um mítico submarino e em investimentos na defesa, que não estará “suficientemente desenvolvida”. 

Enquanto isso, não é de excluir que o país se veja perante gastos ainda maiores, de muitos bilhões de dólares. Há alguns dias atrás, o Partido do Centro sueco e, logo em seguida, os democratas-cristãos, consideram que o último meio de defesa contra o inimigo imaginado será a adesão à OTAN. Ora, isso exigirá não só tempo, mas também enormes recursos. E, embora a questão ainda esteja longe de estar decidida, de certeza que a última palavra não pertencerá aos aposentados e estudantes.