Os soberanistas catalães não descartam desistir de proclamar a independência por meio do parlamento se "tiverem a oportunidade de realizar um referendo", afirmou o ex-funcionário do Tribunal Constitucional, Carles Viver Pi-Sunyer, durante a apresentação do programa eleitoral e do plano de proclamar a independência pela coalizão Junts pel Sí.
Segundo Pi-Sunyer, o processo de separação só será iniciado somente caso haja um "mandato democrático" ou seja se eles conseguem receber a maioria absoluta no parlamento nas eleições de 27 de setembro.
Segundo o plano de ganhar independência o processo vai se prolongar até 18 meses. "É a única oportunidade para a Catalunha de sobreviver", frisou Pi-Sunyer, acrescentando que este documento pode ser emendado caso as circunstâncias se alterem.
A coalizão Junts pel Sí inclui Esquerra Republicana de Catalunya, Convergència Democrática (CDC) de Catalunya (partido do presidente regional Artur Mas), Demòcrates de Catalunya e Moviment d'Esquerres. Além disso, a coalizão é apoiada pelas organizações Assamblea Nacional Catalana (ANC) e Òmnium Cultural.
A causa soberanista está em voga na Catalunha depois da primeira eleição de Artur Mas, do partido Convergència Democrática de Catalunya. Em novembro de 2014, o seu governo convocou um referendo de independência, que ficou na história como um evento simbólico. Ao contrário do referendo celebrado um pouco antes na Escócia, não foi reconhecido como constitucional. Porém constituiu a escusa para anunciar eleições antecipadas agendadas para 27 de setembro.