Os especialistas notaram que a aproximação pouco comum dos navios chineses aconteceu na véspera da visita do presidente da China, Xi Jinping, aos EUA. Em setembro, o chefe de Estado chinês participará da sessão da Assembleia Geral da ONU e realizará negociações com o presidente norte-americano, Barack Obama.
O Washington Post especificou que o grupo de navios do ESP passou a cerca de 12 milhas marítimas das ilhas Aleutas. Os militares norte-americanos admitem que os navios não violaram qualquer lei do direito internacional.
O lado chinês nota também que o patrulhamento não foi dirigido contra qualquer país.
Entretanto o acontecimento pode ser politizado tendo em conta que o presidente dos EUA acabou a visita de trabalho ao Alasca pouco antes o aparecimento dos navios chineses.
O líder chinês já tem várias vezes mencionado o papel importante que os oceanos exercem no respeito dos interesses econômicos e da segurança nacional da China. O país presta atenção especial ao aumento do potencial chinês na defesa dos seus direitos no mar. Este fato não é surpreendente, tendo em conta que interesses econômicos globais sempre significam o aumento dos interesses políticos e o reforço das marinhas oceânicas.
A aproximação dos navios chineses à costa do Alasca não está só ligada à estratégia de transformação da China em potência marítima, mas também às recentes divergências sino-americanas sobre o mar da China Oriental. Criticando as tentativas da China de estabelecer a sua soberania sobre o território disputado, Washington fala sobre a falta de liberdade de navegação.
Pequim parece estar pronto para reagir e mostrar que, de acordo com o direito internacional, pode navegar perto da costa norte-americana. É provável que o aparecimento de navios ao largo da costa do Alasca também reflita a posição da China sobre o desenvolvimento de recursos do Ártico. A situação mostra que a discussão durante a próxima cimeira sino-americana não será fácil.
Pequim tenta claramente forçar suas posições, tentando empurrar os Estados Unidos para procurar soluções de compromisso na questão da segurança na região Ásia-Pacífico.