Esta postura da premiê foi transmitida aos jornalistas pela porta-voz, Aiva Rozenberga, citada pela RIA Novosti.
“Depois de mais uma entrevista concedida hoje à mídia de expressão russa, a chefe do governo chegou, mais uma vez, à conclusão de que é difícil para ela falar russo”, explicou Rozenberga.
Segundo a porta-voz, “a senhora Straujuma não tem tempo suficiente para estudar o russo”.
“Agora, será preciso conformar-se com o fato de que a primeira-ministra só irá conceder entrevistas em letão”, disse Aiva Rozenberga.
Naquela altura, Vejonis admitiu que a sua decisão poderia ser interpretada de uma maneira controversa, mas que ele, portanto, não podia deixar de se comunicar usando as duas línguas. Tal comunicação, segundo ele, é um dos métodos para reduzir as discrepâncias entre os segmentos letão e russo da população do país.
Aliás, nesta terça-feira (8), o gabinete de ministros letão aprovou uma proposta que visa criar, no seio do Centro da Língua Estatal, um organismo “de apoio popular para preservar, proteger e fomentar o desenvolvimento da língua letã”. A informação consta no site do Ministério da Justiça.
Cerca de 40% dos habitantes da Letônia têm o russo como língua materna. No entanto, só o letão tem o estatuto de língua oficial, o russo é considerado como uma língua estrangeira. Parte dos habitantes do país de origem russa é considerada como “não cidadãos”, por um decreto formal assinado logo depois da queda da URSS.