A declaração foi feita no âmbito da exposição de armas Russia Arms Expo 2015, iniciada hoje (9) na cidade de Nizhny Tagil.
Segundo Ryabkov, “todas as decisões políticas foram tomadas”. Mas o vice-ministro sublinhou que “os parâmetros do novo contrato são comerciais”, inclusive a retirada da demanda jurídica contra a Rússia, ou seja, constituem segredo comercial.
O cientista político, professor e especialista em assuntos do Irã, Vladimir Sazhin, comentou à Sputnik o contrato de fornecimento dos S-300 ao Irã:
“O problema dos S-300 realmente existe nas relações entre a Rússia e o Irã. Durante cinco anos este contribuiu para baixar o nível de confiança entre os dois países.”
O conselheiro do chefe do Parlamento iraniano, Hossein Sheikholeslam, declarou à Sputnik Persian:
“A decisão tomada sobre a próxima assinatura do contrato de fornecimento dos S-300 é um passo ponderado dos lados russo e iraniano de aproximação recíproca. Durante um longo período, o povo iraniano era de opinião que não se pode ter confiança a Rússia. É agradável ver que o estereótipo foi quebrado.”
Lembramos que o acordo foi assinado em 2007, mas em 2010 o Conselho de Segurança da ONU aceitou a resolução 1929 que proibiu o fornecimento de armamentos ofensivos pesados para o Irã. O então presidente russo Dmitry Medvedev proibiu o fornecimento dos sistemas, embora os S-300 não estivessem abrangidos pela proibição. Provavelmente, a decisão foi tomada devido à situação complicada no Irã entre anos 2010 e 2011, quando a inquietação da comunidade internacional com o problema nuclear iraniana atingiu o pico.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto suspendendo o embargo à venda de sistemas antiaéreos S-300 ao Irã pouco depois de o grupo P5+1 entrar em acordo com Teerã sobre os moldes de um procedimento que garantirá a natureza pacífica do programa nuclear iraniano.