O comércio entre Brasil e Irã, que chegou a ser de US$ 2,3 bilhões em 2011, caiu a US$ 1,4 bilhão no ano passado e continua em queda neste ano, como decorrência indireta das fortes sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos ao país árabe.
Após a visita do ministro brasileiro, o Irã enviará seus ministros de agricultura e finanças para o Brasil, entre o fim deste mês e o início de outubro. Em seguida, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, deve embarcar com uma comitiva de empresários para Teerã. O ministro Mauro Vieira pode fazer parte dessa segunda visita, programada para ocorrer entre o fim de outubro e o início de novembro.
"Existe em todo o mundo, não só no Brasil, a expectativa de que o comércio normal com o Irã seja restabelecido na medida em que os bancos europeus, por exemplo, possam retomar o compromisso financeiro com os iranianos. O Irã tem muitos ativos congelados em instituições americanas e europeias e há todo um movimento de reaproximação empresarial na expectativa de que haja um descongelamento", disse Maria Clara.
Depois de deixar o Irã, o ministro Mauro Vieira seguirá para o Líbano, onde cumprirá agenda oficial na próxima segunda-feira.