"Submetemos 116 páginas em 10 entregas separadas. O governo declarou que tudo isso é informação confidencial", disse à Reuters o advogado de Zubaydah, Joe Margulies.
Depois de o relatório do Senado norte-americano sobre as torturas da CIA ter sido divulgado em dezembro, o governo publicou apontamentos feitos durante entrevistas pelos advogados do prisioneiro do Guantánamo Majid Khan. O documento tinha 27 páginas com detalhes das torturas de Khan.
Khan disse que faltaram muitos pormenores das torturas ao relatório divulgado pelo Senado.
"Parece que a CIA mudou a sua atitude à ideia de deixar prisioneiros falarem sobre as suas torturas", o advogado de Khan, Wells Dixon, disse à Reuters.
O senador norte-americano Dianne Feinstein que naquela altura foi o chefe do Comité de inteligência, divulgou um resumo do relatório de 480 páginas apesar de oposição da CIA e Casa Branca.
Passado um mês depois de o resumo ter sido publicado, em janeiro de 2015, o governo norte-americano disse que introduziu novas regras em relação à informação confidencial que permitia publicar somente "declarações gerais sobre torturas" e "informações sobre condições de encarceramento".
Zubaydah, cidadão saudita de 44 anos, foi detido na prisão de Guantánamo durante 9 anos e não foi acusado de nenhum crime.
A prisão de Guantánamo se localiza no território de Cuba. Agora, no auge do processo de reaproximação com os EUA, Cuba reclama a devolução do território de Guantánamo, liquidando consequentemente o centro de torturas.