Segundo várias fontes, Caracas teve breves panelaços durante o anúncio da decisão judicial, pela juíza Susana Barreiro.
Por sua parte, a esposa do oposicionista, Lilian Tintori, e o advogado Juan Carlos Gutiérrez pediram aos seus partidários, reunidos em um comício na capital da Venezuela, “calma, paciência, moderação e coragem”.
Gutiérrez anunciou que irá apelar a sentença perante um tribunal de segunda instância.
Leopoldo López foi detido em fevereiro de 2014, imputado como responsável pelas ações de protesto do dia 12 daquele mês com tendência golpista. 43 pessoas morreram no decurso daquelas manifestações, umas centenas ficaram feridas.
A acusação oficial aponta para a existência de um plano de golpe de Estado, chamado “La Salida” (“A Saída”), supostamente ideado por López.
O sentenciado é também líder do partido de ultradireita Voluntad Popular (Vontade Popular) e ex-prefeito de um município na área metropolitana de Caracas.
A sentença inclui danos e incêndio de objetos pertencentes ao bem público, instigação à delinquência e formação de quadrilha.
Outros três acusados no mesmo processo têm penas de 10 anos e de 4,5 anos, ficando em liberdade condicional por decisão da juíza Barreiro.
Reação dos EUA
A secretária de Estado adjunta para assuntos do Hemisfério Sul, Roberta Jacobson, manifestou estar “profundamente preocupada pela condena de Leopoldo López”. Ela postou no seu Twitter dizendo: “Apelamos o governo a proteger a democracia e os direitos na Venezuela”.
Profundamente preocupada por la condena de @LeopoldoLopez. Llamamos al gobierno a proteger la #democracia y #derechoshumanos en #Venezuela
— Roberta Jacobson (@WHAAsstSecty) 11 сентября 2015
Anteriormente, um jornal estadunidense sugeriu que Caracas poderia libertar alguns presos políticos, para “agradar” aos EUA. Leopoldo López estava na lista.