Segundo a mídia local, o governador de Okinawa, a província mais meridional do Japão, anulará a decisão do seu predecessor de deslocar a base militar norte-americana para outro lugar devido às muitas controvérsias.
O secretário do gabinete de Abe, Yoshuhide Suga, anunciou no mês passado que o deslocamento da Estação Aérea da Unidade Naval de Futenma ia ser adiada até setembro.
Segundo o jornal, Tóquio reiniciou a discussão sobre a mudança da base no sábado (12).
A declaração de Onaga implica um procedimento de 3 semanas, que inclui consultas com o Bureau de Defesa de Okinawa. Espera-se que o anúncio formal seja divulgado em meados de outubro.
O diário japonês informa que, provavelmente, a administração Abe poderá solicitar uma revisão administrativa pelo Ministério de Terra, que permite iniciar um processo no tribunal.
Os planos para deslocar a base do distrito populoso de Ginowan para Henoko, que fica na cidade costeira de Nago, provocaram divergências entre os que se preocupam com o ambiente e os que estão contra a presença dos militares norte-americanos no Japão.
O problema é que a base fica perto de universidades e ameaça a saúde da população local. Para deslocá-la para Henoko é necessário aumentar a largura da faixa litoral em cerca de 160 hectares. A população está contra este passo devido ao possível dano causado aos recifes de coral. Os habitantes locais mais ativos exigem que a base seja deslocada para uma outra província japonesa ou mesmo para fora do Japão.
Mais de metade dos militares norte-americanos instalados no Japão estão em Okinawa. A província foi controlada pelos EUA entre 1945 e 1972. A base militar norte-americana em Okinawa ocupa de cerca de 10% do território na província e 18% da ilha de Okinawa.