Nesta segunda-feira (14) o presidente francês François Hollande negou a possibilidade de envio de forças terrestres à Síria, a qualificando como “irrealista e ilógica”
A França efetuou recentemente voos de reconhecimento sobre a Síria antes de iniciar golpes aéreos direcionados contra o Estado Islâmico.
A sondagem foi realizada por telefone nesta sexta-feira (11) e sábado (12) entre 1.005 indivíduos com idades a partir de 18 anos.
Bélgica
Entretanto o ministro da Defesa da Bélgica, Steven Vandeput, disse em entrevista ao jornal belga De Morgen que o país está pronto a enviar forças terrestres à Síria como parte da coalizão internacional, mas “devemos em primeiro lugar restabelecer a ordem”, diz a agência France-Presse.
A Bélgica é membro, desde setembro do ano passado, da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque — o país enviou seis jatos F-16 e 120 para participarem de ataques aéreos a partir de uma base na Jordânia.
“Se uma coalizão semelhante for criada na Síria, não podemos ficar à margem”, disse Vandeput.
“Não há outras soluções no longo prazo senão deslocar tropas para restabelecer a paz. Caso contrário, a ação militar faz pouco sentido”, acrescentou.
“Devemos em primeiro lugar restabelecer a ordem na Síria e depois permanecer no terreno para protegê-lo”, disse o ministro da Defesa, referindo-se ao caos na Líbia após golpe de Estado apoiado pela OTAN que derrubou Muammar Kadhafi.
“As tropas das quais eu falo estão prontas. Não iremos desempenhar o papel de Rambo, mas se forem estabelecidas condições claras, estou pronto a enviar tropas belgas ao território da Síria”, frisou Vandeput.
O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, inicialmente operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.