O funcionário também pressupõe que, se o equipamento permanecer a bordo dos navios, tal ajudaria a Rússia a manter laços estreitos com o Cairo.
França está agora tentando vender os porta-helicópteros a um novo comprador, sendo alegadamente o Egito o principal comprador potencial. Na semana passada, as autoridades francesas anunciaram que há várias opções de um acordo com o Egito sobre a venda dos navios.
Como o Wall Street Journal explicou no final do mês passado, se o Cairo comprar os navios, a Marinha do Egito irá adquirir "o equipamento mais avançado do arsenal militar no Oriente Médio", pois os navios são capazes de transportar centenas de tropas, 16 helicópteros, tanques e veículos blindados e estão dotados de um sistema de comando e controle capaz de dirigir estas forças no campo de batalha.
De acordo com informações não confirmadas, teria sido oferecido ao comprador adquirir também os helicópteros Kamov Ka-52K de fabricação russa, adaptados especificamente para os navios.
O Egito assinou recentemente um acordo com a França para comprar equipamentos militares, incluindo uma fragata, quatro corvetas Gowind e 24 jatos Rafale, bem como armamentos dos fabricantes MBDA e Sagem, no valor de 5,2 bilhões de dólares. O Cairo está em processo de negociações com as autoridades francesas sobre a compra de mais duas corvetas. A Índia, por sua vez, está em negociações com Paris para a compra de 36 caças Rafale.
Em 2011, a Rússia e a França assinaram um contrato de 1,12 bilhão de euros para a construção na França de dois navios porta-helicópteros da classe Mistral. Paris suspendeu o contrato em 2014, alegando uma suposta participação de Moscou no conflito ucraniano.
No início de agosto, os presidentes da Rússia e da França Vladimir Putin e François Hollande romperam o contrato. A França já devolveu o valor pago por Moscou e, após a devolução de equipamento russo instalado nos Mistral, poderá manter para si ou vender os navios.