A Europa enfrenta a maior crise migratória desde a segunda guerra mundial. A estimativa é que mais de 430 mil pessoas tenham entrado no continente este ano, a maioria em busca de refúgio da guerra e repressão em países como a Síria.
No comunicado, Zeid Ra'ad Al Hussein saudou as manifestações de apoio aos refugiados promovidas em vários países europeus nesse fim de semana. Mas defendeu que é preciso expandir os canais de migração e estabelecer mecanismos para alojamentos regulares. Estas duas medidas, disse, “podem prevenir mortes e diminuir o tráfico de pessoas para a Europa”.
Hoje à tarde os ministros do Interior da União Europeia têm agendada uma reunião sobre a distribuição de 160 mil refugiados pelos 28 Estados-membros, depois de a Alemanha ter reintroduzido o controle das fronteiras.
“Os Estados têm o direito soberano de defender as suas fronteiras e de determinar as condições de entrada e saída dos seus territórios”, reconheceu, acrescentando que “têm também a obrigação de respeitar as leis dos direitos humanos internacionais, as leis dos refugiados e a lei humanitária”.
Nas Américas, o Brasil vêm recebendo refugiados e na semana o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que pretende receber 10 mil refugiados sírios até o ano que vem. O governo norte-americano vem sendo pressionado a contribuir de forma mais efetiva na acolhida aos refugiados, informou Agência Brasil.