Segundo o chefe das missões das Nações Unidas, Hervé Ladsous, que esteve recentemente na República Centro-Africana, as denúncias contra a força de paz da ONU podem ser descritas como catastróficas.
"Há atualmente 17 alegações de exploração sexual e abuso por parte de funcionários da ONU na República Centro-Africana", informou a MINUSCA através de um comunicado. "Desses 17 casos, 13 envolvem alegações contra militares, uma envolve alegações contra a polícia, um caso é contra um civil e, em dois casos, o status do perpetrador é desconhecido".
De acordo com autoridades das Nações Unidas, cada um dos relatos está sendo documentado e investigado, com a devida preservação das evidências e análise dos fatos.
Incomodado com as denúncias contra a MINUSCA, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, decidiu demitir, no último mês, o então responsável pelas operações da missão na República Centro-Africana, o general senegalês Babacar Gaye, e apontar para o cargo Parfait Onanga-Anyanga, do Gabão.