"O que vemos agora é uma combinação caótica de ataques que não tem efeito", afirmou a porta-voz da diplomacia russa.
Segundo ela, nas condições atuais, enquanto a crise na Síria se intensifica e aumenta o fluxo de refugiados, o peso da luta contra o Estado Islâico deve caber ao exército regular do país.
Em relação à ajuda que a Rússia fornece à Síria, Zakharova disse que o maior objetivo do país não é apoiar o regime, mas apoiar o Estado sírio na luta contra os jihadistas que representam uma ameaça à segurança nacional da Rússia.
A guerra civil na Síria dura desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico.
O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.