A análise das amostras ambientais de Parchin levará algumas semanas, disse o vice-diretor da AIEA Tero Varjoranta, visto que “não se pode ter dúvidas quanto ao resultado”.
Emad Abshenass, especialista para assuntos econômicos e políticos da Sputnik, chefe-redator do jornal “Irã Press”, comentou a visita da AIEA a Parchin.
Ele destacou que Parchin é uma base militar, não nuclear, mas a AIEA já a inspecionou duas vezes usando vários pretextos.
“Os pretextos da AIEA para inspeções se baseavam somente nos relatórios falsificados e dados recebidos de Israel, EUA e alguns países ocidentais. Por sua vez, o Irã suspeitou a agência de espionagem na sua instalação militar estratégica. Por isso, o Irã se recusou a deixar entrar os inspetores da AIEA em Parchin, sublinhando que Teerã não recusará uma inspeção sem uma razão séria, convincente e evidente”, explicou o especialista.
Além disso, Emad Abshenass assinalou que, de acordo com o direito internacional, o Irã não é obrigado a deixar entrar inspetores da AIEA nas suas bases militares.
“O objetivo é demonstrar pessoalmente ao diretor da AIEA a transparência da política iraniana e dispersar todas as dúvidas da AIEA quanto à assim chamada ‘atividade nuclear não-declarada’”.
O especialista opina que o país quer demonstrar desta forma à comunidade internacional que está disposto a “derreter o gelo” nas relações com a AIEA.
Em 14 de julho após negociações ao longo de quase dois anos o Irã e sexteto atingiram acordo “histórico”. O documento final prevê a redução das centrífugas instaladas na República Islâmica e o acesso às instalações por parte de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) com a contrapartida da suspensão das sanções impostas ao país.