"Não, nós acreditamos que nenhum tribunal pode ser criado em contrariedade com a decisão do Conselho de Segurança da ONU. A princípio, na etapa atual, nós consideramos que a criação de quaisquer tribunais como prematura" – disse Gatilov.
"Agora temos o objetivo de terminar a investigação desse trágico incidente e de realizar uma apuração minuciosa, objetiva e transparente daquilo o que aconteceu. Infelizmente, devo dizer que nem todos os envolvidos na investigação aderem a tal abordagem. Portanto, a criação de quaisquer tribunais, além de impossível sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU, é também contraproducente do ponto de vista da incompletude da investigação em curso" – explicou o vice-ministro.
Gatilov destacou a necessidade de aguardar a conclusão do inquérito "para então pensar quais medidas devem ser tomadas".
"Até agora, tudo que estava ligado à promoção da resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a criação de um tribunal internacional tinha um grave caráter político" – disse o alto representante da diplomacia russa.
No dia 15 de julho a Malásia introduziu no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a criação de um tribunal internacional de investigação do acidente do voo MH17.
O relatório final do Conselho de Segurança da Holanda sobre as causas do acidente está previsto ser publicado nas primeiras semanas de outubro 2015.