O Pontífice falou de liberdade e chamou a atenção para dois perigos que assolam o mundo: o fundamentalismo – religioso, ideológico e econômico – e o “reducionismo simplista”.
“Sabemos que, na ânsia de nos libertar do inimigo externo, podemos ser tentados a alimentar o inimigo interno. Imitar o ódio e a violência dos tiranos e dos assassinos é o melhor modo para ocupar o lugar deles”, disse Francisco.
Ao citar Martin Luther King por sua luta por plenos direitos para os afro-americanos, o Papa falou dos imigrantes. “Aquele sonho continua a inspirar-nos”, disse Francisco, mencionando a maior “crise de refugiados” desde os tempos da Segunda Guerra Mundial.
O Papa falou ainda da imigração, em especial a dos hispano-americanos:
“Também neste continente, milhares de pessoas sentem-se impelidas a viajar para o Norte à procura de melhores oportunidades. Porventura não é o que queríamos para os nossos filhos? Não devemos deixar-nos assustar pelo seu número, mas antes olhá-los como pessoas, procurando responder o melhor que pudermos às suas situações.”
Francisco, então, abordou o tema da pena de morte, prática disseminada em grande partes dos Estados norte-americanos:
“Recentemente, os meus irmãos bispos aqui nos Estados Unidos renovaram o seu apelo pela abolição da pena de morte. Não só eu os apoio, mas encorajo também todos aqueles que estão convencidos de que uma punição justa e necessária nunca deve excluir a dimensão da esperança e o objetivo da reabilitação.”
A pobreza e suas causas, entre as quais a injusta distribuição da riqueza, foram também destacadas pelo Papa:
“Agora é o momento de empreender ações corajosas e uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.”
Sobre a reaproximação dos Estados Unidos com Cuba, o Papa Francisco saudou os esforços que se fizeram nos últimos meses para procurar superar “diferenças históricas” ligadas a episódios “dolorosos do passado”.