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CPI do Futebol aprova a quebra do sigilo bancário e fiscal de ex-dirigente da CBF

REPORTAGEM CPI DO FUTEBOL 2 DE 24 09 15
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A CPI do Futebol, que investiga a CBF e o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, aprovou nesta quarta-feira a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e pediu investigação ao Banco Central e à Receita Federal das transações financeiras do dirigente no período de 2012 até maio deste ano, quando foi preso.

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A medida tem como objetivo verificar os indícios de irregularidades e contratos comerciais firmados pelo ex-presidente da CBF.

José Maria Marin, que também era integrante do comitê de organização da Fifa para os Jogos Olímpicos, está desde maio preso na Suíça acusado de crimes de fraude, lavagem de dinheiro e recebimento de propina. Marin aguarda uma decisão da Justiça da Suíça sobre pedido de extradição para os Estados Unidos.

A quebra de sigilo foi solicitada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC), vice-presidente da CPI. O senador quer o apoio do Conselho de Controle de Atividades (Coaf) para as investigações e considera as informações bancárias necessárias para constatar se o ex-dirigente da Confederação Brasileira de Futebol realmente cometeu os crimes.  

“O ex-presidente da CBF e também dirigente da FIFA (a federação internacional das associações de futebol) tem que ter suas contas bancárias abertas para que nós possamos ver se efetivamente as denúncias e as suspeitas a respeito de seu envolvimento com os negócios da FIFA e da CBF têm alguma característica de ilegalidade”.

Antes, a comissão já tinha aprovado a quebra do sigilo bancário do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que também é apontado pela Justiça americana como um dos envolvidos nas irregularidades.

A Comissão parlamentar decidiu ainda adiar a votação dos pedidos de convocação de Del Nero e do ex-dirigente da entidade, Ricardo Teixeira, que devem prestar esclarecimentos sobre as acusações de corrupção da Justiça americana.

Para o presidente da CPI do Futebol, o senador Romário (PSB-RJ), ainda não é o momento para ouvir os dirigentes. Segundo ele, os depoimentos de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira vão ser mais úteis à CPI após reunir mais documentos e informações para evidenciar o envolvimento deles nos crimes.

“O presidente da CBF, principal responsável pela entidade maior do nosso futebol, não aparece nem nos seus compromissos na FIFA. Pelas atitudes ultimamente que ele vem tendo, tenho total consciência que tem culpa em muitas das coisas negativas e erradas que vem acontecendo no nosso futebol”.

A CPI também aprovou a quebra de sigilo bancário e fiscal do empresário José Margulies, acusado pelo FBI de lavagem de dinheiro, fraude e extorsão.

Na próxima quarta-feira (30), a CPI vai fazer uma nova audiência pública para ouvir, como convidados, os presidentes das Federações de Futebol de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Espírito Santo.

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