Rogachev informou que a Rússia tenciona “discutir com um grande leque de parceiros a hipótese de criar uma coalizão internacional que seja legítima e representativa para lutar contra o Estado Islâmico e outras organizações terroristas do Oriente Médio e África do Sul”.
“Naturalmente já estamos trabalhando em certos aspeсtos das nossas propostas com os parceiros estrangeiros. A coalizão deve funcionar de acordo com as decisões da ONU e usar força sob a autorização do Conselho de Segurança e governos dos países no território dos quais isso acontece. Uma coalizão antiterrorista deve reunir todos os países interessados para ser eficaz e não ser uma coalizão fantoche”, esclareceu o diplomata russo.
Em finais de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu às autoridades sírias e dos países da região, incluindo a Turquia, a Jordânia e a Arábia Saudita, a juntar-se à luta contra o Estado Islâmico. Por seu turno, a Rússia está prestes a melhorar o diálogo entre os países. Os Estados Unidos aspiram a derrubar o presidente sírio Bashar Assad e por isso estão contra a ideia de prestar apoio ao seu regime.
Rogachev afirmou que a Rússia está aberta para as propostas estadunidenses de considerar o reinício das discussões sobre assuntos de cooperação antiterrorista internacional, mas a posição dos Estados Unidos obstaculiza este processo.
“Os nossos princípios nunca permitirão aceitar famigerados padrões duplos, a cooperação é possível somente com base na igualdade de direitos, com respeito pelos vários interesses dos nossos parceiros, no âmbito de direito internacional, com respeito à Carta das Nações Unidas e às decisões do Conselho de Segurança da ONU ou seja no caso de respeito absoluto, por exemplo, pela soberania e igualdade dos países, sem permitir interferência nos seus assuntos internos”, destacou Rogachev.