O bloqueio alimentar da Crimeia viola as normas internacionais e corresponde aos interesses dos países ocidentais hostis à Rússia, disse Poklonskaya em uma entrevista à RIA Novosti.
"O assim chamado bloqueio alimentar não corresponde as normas internacionais. Mas os seus instigadores não querem criar, eles apenas querem estragar tudo. Eles precisam justificar a sua existência inútil. Eles agem nos interesses dos países ocidentais e são fantoches nas mãos de alguém, tentando acertar as contas com a Crimeia e prejudicar a Rússia", disse Poklonskaya.
No domingo, ativistas do movimento extremista Setor de Direita e outras organizações nacionalistas ucranianas bloquearam o fornecimento de alimentos para a Crimeia.
Poklonskaya aconselhou os iniciadores do bloqueio dedicar a sua energia para ações construtivas.
"Era melhor se eles construíssem um jardim de infância ou ajudassem os órfãos. Mas isso não lhes dará dividendos e lucros tão desejados, ao contrário das especulações em torno da Crimeia", disse a promotora.
O Setor de Direita não representa uma ameaça real para a Rússia
"Radicais ucranianos têm como objetivo matar, roubar, bater e são a maior ameaça para os próprios cidadãos da Ucrânia. A sua força real só pode ser aplicada aos ucranianos desamparados porque eles acreditam na sua impunidade. Quanto à Rússia e à Crimeia, toda ameaça fica apenas nas palavras, porque eles ainda têm o instinto de preservação", sublinhou Poklonskaya.
No entanto, ela acrescentou que todas as agências de segurança na fronteira da Crimeia estão prontas para tomar medidas necessárias, caso seja necessário.
O Setor de Direita é um movimento que reúne uma série organizações radicais nacionalistas na Ucrânia. Em janeiro e fevereiro de 2014, membros do grupo participaram de confrontos com a polícia e da invasão de diversos prédios administrativos do país, e desde abril do ano passado promovem repressão a protestos no sudeste ucraniano.
Em novembro de 2014, o Supremo Tribunal da Rússia reconheceu o Setor de Direita como uma organização extremista e proibiu a sua atividade em território russo. Em janeiro de 2015, o grupo foi incluído na lista de organizações proibidas na Rússia. Líder do movimento, Dmitry Yarosh enfrenta igualmente na Rússia acusações de incitação à atividade terrorista.