Na sexta-feira (25) Arseny Yatsenyuk anunciou que o gabinete de ministros ucraniano proibiu os voos das companhias aéreas russas Aeroflot e Transaero no país.
Segundo a edição suíça Neue Zürcher Zeitung, as sanções ucranianas demonstraram mais uma vez “as tendências nacionalistas” de Kiev.
Além disso, o jornal faz uma suposição de que, aplicando as sanções, o governo busca o apoio da população na véspera das eleições locais, que se realizarão em outubro.
O journal Deutsche Wirtschafts Nachrichten concorda que a Ucrânia se prejudica a si própria, pois as receitas dos aeroportos do país vão diminuir significativamente.
Segundo a edição, os cidadãos dos países europeus são quem, de fato, vai pagar as sanções porque Kiev recebe ajuda financeira do Ocidente.
A Rússia também reagiu às ações do governo ucraniano. O Ministério do Transporte russo informou que o país pretende aplicar medidas simétricas.
“Entendemos que isto levará ao encerramento da conexão aérea entre os dois países. Com isso vão sofrer, primeiramente, cidadãos ucranianos. Mas quero assinalar que, na situação atual, nós nos vemos forçados pelas autoridades ucranianas a aplicar tais medidas”, disse o ministro do Transporte russo.
A proibição de voos das companhias aéreas russas é mais um ato hostil para com a Rússia. A Ucrânia também limitou a transmissão da mídia russa, introduziu sanções contra pessoas singulares e coletivas. Além disso, na semana passada foi iniciado o bloqueio ao transporte de produtos alimentares destinados à Crimeia.