A sentença pode ser executada em qualquer momento.
Ativistas lançaram uma campanha no Twitter introduzindo o hashtag #OpNimr para se opor à execução de al-Nimr e outros terríveis abusos dos direitos humanos.
Never forget #arabspring #AliMohammedAlNimr #OpNimr pic.twitter.com/iNfQkSxncc
— Anonymous (@Anonycast) 27 сентября 2015
"Ali Mohammed al-Nimr, um adolescente inocente, foi condenado à morte na Arábia Saudita e não vamos ficar indiferentes e observar," disse o Anonymous em um comunicado dirigido à Arábia Saudita. "Naturalmente, a sentença teve uma apelação, mas a audiência de apelação foi realizada em segredo e, aparentemente, rejeitada."
O grupo de hackers chamou para a liberação de Nimr, acrescentando que lhe tinha sido negado um advogado e submetido à tortura.
It's not over, its just beginning. #AliMohammedAlNimr #OpNimr pic.twitter.com/e8PCmVJJXf
— Anonymous (@Anonycast) 28 сентября 2015
Alguns dos sites são o do Ministério da Justiça (www.saudinf.com), da Administração Geral de Educação (tabukedu.gov.sa), do PSATRI — centro tecnológico da Arábia Saudita para os setores militares e de segurança (psatri.ksu.edu.sa) e até mesmo de companhias aéreas (saudiairlines.com). Atualmente, a maioria já está funcionando de modo habitual.
Vale lembrar que, somente alguns dias atrás, a Arábia Saudita, aliado principal dos EUA no Médio Oriente, começou a presidir o Comitê Consultivo no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado americano disse que ele “não estava a par do processo jurídico, nem do veredito”. Mas falando da nomeação controversa da Arábia Saudita, o porta-voz norte-americano disse:
“Saudamo-lo. Somos aliados próximos”.
O Anonymous também criticou a Grã-Bretanha por não se levantar em defesa de Nimr e não fazer mais para pressionar Riad. Eles também atacaram a ONU por dar a um representante da Arábia Saudita um papel-chave no organismo que regula os direitos humanos.
Nimr foi preso em 2012 depois de participar de um protesto. Ele foi considerado culpado de participar de um grupo criminoso e de atacar policiais. Outras acusações contra ele incluíram o uso de um celular BlackBerry para encorajar outros a sair à rua e se juntar ao protesto.
A ONU disse que o julgamento "não está de acordo com os padrões internacionais" e pediu à Arábia Saudita para suspender a execução.