Anonymous ataca sites sauditas para salvar jovem preso

© Vincent Diamante/ wikipedia.orgMascaras usadas pelos ativistas do grupo Anonymous
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O grupo de hackers Anonymous fez uma série de ataques no sábado (26) contra a Arábia Saudita para evitar a execução de um jovem que pode acontecer hoje.

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A Arábia Saudita pretende decapitar hoje (28) e depois crucificar Ali Mohammed al-Nimr — um jovem que encorajou manifestações em prol de democracia durante a Primavera Árabe em 2012, quando ele tinha apenas 17 anos de idade. 

A sentença pode ser executada em qualquer momento.

Ativistas lançaram uma campanha no Twitter introduzindo o hashtag #OpNimr para se opor à execução de al-Nimr e outros terríveis abusos dos direitos humanos. 

"Ali Mohammed al-Nimr, um adolescente inocente, foi condenado à morte na Arábia Saudita e não vamos ficar indiferentes e observar," disse o Anonymous em um comunicado dirigido à Arábia Saudita. "Naturalmente, a sentença teve uma apelação, mas a audiência de apelação foi realizada em segredo e, aparentemente, rejeitada."

O grupo de hackers chamou para a liberação de Nimr, acrescentando que lhe tinha sido negado um advogado e submetido à tortura.

Alguns dos sites são o do Ministério da Justiça (www.saudinf.com), da Administração Geral de Educação (tabukedu.gov.sa), do PSATRI — centro tecnológico da Arábia Saudita para os setores militares e de segurança (psatri.ksu.edu.sa) e até mesmo  de companhias aéreas (saudiairlines.com). Atualmente, a maioria já está funcionando de modo habitual.

Vale lembrar que, somente alguns dias atrás, a Arábia Saudita, aliado principal dos EUA no Médio Oriente, começou a presidir o Comitê Consultivo no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. 

No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado americano disse que ele “não estava a par do processo jurídico, nem do veredito”. Mas falando da nomeação controversa da Arábia Saudita, o porta-voz norte-americano disse:

“Saudamo-lo. Somos aliados próximos”.

O Anonymous também criticou a Grã-Bretanha por não se levantar em defesa de Nimr e não fazer mais para pressionar Riad. Eles também atacaram a ONU por dar a um representante da Arábia Saudita um papel-chave no organismo que regula os direitos humanos.

Nimr foi preso em 2012 depois de participar de um protesto. Ele foi considerado culpado de participar de um grupo criminoso e de atacar policiais. Outras acusações contra ele incluíram o uso de um celular BlackBerry para encorajar outros a sair à rua e se juntar ao protesto.

A ONU disse que o julgamento "não está de acordo com os padrões internacionais" e pediu à Arábia Saudita para suspender a execução.

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