Azarov, que chefiou o governo ucraniano durante a presidência de Viktor Yanukovich, compartilhou a opinião na sua página na rede social Facebook:
“Em toda a história da ONU os nossos representantes nunca intervieram fazendo tais declarações vazias, desprovidas de sentido e conteúdo e completamente falsas, que cobrem o país de vergonha. A propósito, o país é um dos fundadores da ONU e Poroshenko na sessão comemorativa nem sequer mencionou este fato.”
Na sua publicação, Azarov também notou que a maior parte das declarações de Poroshenko teve a ver com a alegada ameaça russa. O presidente ucraniano acusou a Rússia de aumento da pobreza na Ucrânia. Nesta conexão o ex-premiê pergunta em que o presidente baseia tal afirmação:
"Alguém sabe o que ele quis dizer quando falou da redução do nível de pobreza? Se considerarmos a pobreza segundo os critérios da ONU, então no nosso país a maioria do povo vive abaixo do nível de pobreza. O povo da Ucrânia foi levado a isso não pela misteriosa agressão russa, mas exatamente por Poroshenko e companhia, com a sua insaciável ganância."
A Rússia tem repetidamente declarado que não tem nada a ver com o conflito armado interno na Ucrânia e está interessada na sua resolução pacífica. A península da Crimeia se separou da Ucrânia para se juntar a Rússia em março de 2014, após um referendo em que mais de 96% da população votaram a favor da secessão. O governo central ucraniano e seus aliados ocidentais chamaram à votação “anexação”, enquanto a Rússia assinalou que as ações da população local estiveram de acordo com o direito internacional.