A porta-voz do governo catalão, Neus Munté, já qualificou a decisão do tribunal como "motivada politicamente".
O motivo para a convocação foi o referendo sobre a independência, realizado em novembro de 2014.
O governo central de Madri recusou-se a reconhecer o evento como constitucional. Por isso, a Generalitat (governo regional) preferiu considerar aquela votação como um “processo participativo”, com um valor meramente simbólico.
A decisão de convocar o presidente Artur Mas, líder do partido CDC (Convergència Democrática de Catalunya), vem depois de a lista eleitoral Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) vencer as eleições legislativas regionais, no domingo passado.
O governo de Artur Mas sempre chamou as eleições do dia 27 de setembro de “plebiscitárias”, destacando o seu significado para a causa independentista, existente nesta comunidade autônoma da Espanha desde há muito.
As eleições foram anunciadas logo depois do “processo participativo” de 9 de novembro de 2014 e têm sido criticadas pelo governo de Madri e representantes do Partido Popular (PP, no poder), inclusive pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy.
Em resultado das eleições, o Junts pel Sí garantiu para si 64 assentos dos 135 no parlamento, obtendo 39,54% dos votos.
Mais cedo, antes das eleições, vários deputados especulavam sobre as possibilidades de iniciar um processo de secessão oficial. Nesse caso, os catalães terão que lidar com vários problemas, entre eles o problema das relações com a União Europeia.