Com este dado, o Brasil bateu a meta do Protocolo de Montreal, assinado por 197 nações para a proteção da camada de ozônio. Até 2015, a meta para os países em desenvolvimento era reduzir o consumo dos HCFC em 10%.
O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, acredita que o Brasil pode inspirar outros países a também reduzir a emissão de gases nocivos:
“O Brasil está sendo utilizado como exemplo para outros países em desenvolvimento. Olha, o programa brasileiro tem sido um grande sucesso. Outros países podem seguir os nossos caminhos”.
O Programa Brasileiro de Eliminação dos Hidroclorofluorcarbonos prevê até 2020 investimentos de R$ 160 milhões em busca de alternativas sustentáveis.
Nos últimos três anos, o país deixou de emitir 220 toneladas desses gases nocivos, quase 169 toneladas no setor de espumas e 51,5 toneladas no setor de refrigeração.
A meta do Ministério do Meio Ambiente é finalizar até 2020 a conversão tecnológica do setor de espumas e iniciar a conversão de parte do setor de refrigeração comercial e de aparelhos de ar condicionado.
Carlos Klink explica que os setores que usam os gases danosos vão receber apoio tecnológico e financeiro para se integrar nas questões ambientais em prol do país e do mundo.
“Não é impor um custo novo ao setor privado. Através da parceria, o setor privado se dá conta de que é importante, sim. Como nós trouxemos essas novas possibilidades de inovação tecnológicas, houve um interesse total do setor privado de se engajar e ajudar na questão ambiental do planeta”.
Ainda este ano, o Brasil vai assumir novas metas de redução de gases poluentes. A Presidenta Dilma Rousseff anunciou no último domingo (27) na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, em Nova York, que o país pretende reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera até 2030. A proposta vai ser levada para a COP 21, a Cúpula do Clima, que acontecerá em dezembro, em Paris.