Segundo a agência Reuters, representantes da Força Aérea americanas admitiram que tinham realizado ataques aéreos “perto” do hospital da organização internacional.
No entanto, a MSF disse que alguns meses atrás deram as coordenadas do hospital aos militares americanos, segundo a Reuters.
“Todos sabiam as nossas coordenadas, elas foram comprovadas no início das ações militares. A última mensagem é de 29 de setembro. É a nossa prática habitual: todos devem saber onde trabalhamos e o que fazemos”, disse Gabriele Eminente na entrevista à edição italiana Diritti Globali.
O diretor sublinhou que o hospital foi bombardeado durante uma hora algumas vezes, embora perto haja outros edifícios.
“O avião bombardeava, desaparecia e voltava para outro golpe”, disse Gabriele Eminente.
Agora a MSF está retirando os seus funcionários da cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão depois do bombardeio do hospital, disse a representante na organização Kate Stegeman.
“O hospital dos Médicos sem Fronteiras em Kunduz deixou de funcionar. Alguns dos nossos funcionários trabalham em dois outros hospitais para onde foram levados os feridos”.
.@MSF hospital in #Kunduz not functional anymore. Some of our medical staff working in 2 hospitals where some of the wounded were referred.
— Kate Stegeman (@KatesCurious) 4 октября 2015
Ontem a organização afirmou que o bombardeio pode pôr ao perigo toda a atividade humanitária no Afeganistão.
No entanto, a organização não pretende suspender a sua atividade no Afeganistão.
Por enquanto, Washington está realizando uma investigação.
“A Secretaria da Defesa iniciou uma investigação aprofundada e vamos esperar por resultados antes de tirar conclusões quanto às circunstâncias da tragédia”, disse no sábado (3) à noite o presidente americano Barack Obama.
O líder americano também transmitiu as suas condolências às famílias dos mortos e feridos em resultado do bombardeio e assinalou que os EUA continuarão apoiando as autoridades afegãs na área da segurança.