Sergei Lavrov afirmou que pediu a John Kerry, secretário de Estado americano, para que os EUA forneçam informação sobre a posição do Exército Livre da Síria e os seus dirigentes.
“Nós até estaremos dispostos, se este é na verdade um grupo armado da oposição patriótica composto por sírios e que mantém a capacidade de ação, estamos dispostos a estabelecer contatos com ele, não o escondemos. Mas por enquanto, ninguém nos disse isso”, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo.
#Lavrov: If it really is a combat-ready armed group of Syrian patriotic opposition fighters, we will be willing to deal with it
— MFA Russia (@mfa_russia) 5 октября 2015
“Já assinalávamos muitas vezes que apoiaríamos aquela força que desse passos reais para combater os terroristas do Estado Islâmico (EI). O EI é uma organização de grande escala que representa uma ameaça a todos e, por isso, somente uma operação complexa e bem preparada pode ser eficaz. Apoiamos a operação antiterrorista contra o EI e consideramos que é um passo extremamente importante para eliminar esta ameaça”, disse Serwan Devrish.
No entanto, o representante acrescentou que ataques aéreos não bastam. Por isso pediu a Moscou para fornecer armas:
“O EI não pode ser eliminado somente com ataques aéreos. São as tropas de autodefesa curda e o Burkan el-Fırat que combatem mais eficazmente contra o EI em terra. Somos nós que lutamos face a face com os jihadistas, que recebemos o golpe principal. Com apoio dos aviões da coalizão, conseguimos forçar os jihadistas a deixar Kobane, Tell Abyad, Sirrin, Ain Issa e Mebruk. Pedimos à Rússia para nos ajudar com armamentos no combate ao EI. Juntando as nossas forças no âmbito das operações aérea e terrestre, poderemos efetuar golpes destruidores contra o EI”.
Ashton Carter, chefe do Pentágono, afirmou durante o discurso em Madrid, citado pela agência Bloomberg:
“Os EUA e aliados vão dar passos para se opor à Rússia. As ações da Rússia levaram à escalada da guerra na Síria. Apelamos à Rússia para agir com segurança. Estamos abertos para a cooperação futura com a Rússia”.
Sergei Lavrov disse que não tinha conhecimento dos planos americanos de fazer frente às ações das forças aeroespaciais russas.
#Lavrov: We’ve heard positive assessments of Russia’s decisions taken in response to the Syrian leadership’s request pic.twitter.com/PQcYQrOy6l
— MFA Russia (@mfa_russia) 5 октября 2015
A Rússia iniciou sua ofensiva aérea contra as posições do Estado Islâmico na Síria na quarta-feira (30) em resposta a um pedido oficial de ajuda militar apresentado por Damasco. Ataques lançados pelos caças Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de alvos objetos da infraestrutura do Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comendo dos militantes.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armados, e não fações da oposição política ou civis.