De acordo com o ex-chanceler, não há alternativa ao lançamento de uma ofensiva terrestre em grande escala para que realmente se consiga destruir o EI.
"Neste caso, a operação terrestre seria uma coalizão internacional em grande escala, naturalmente não só dos países ocidentais, mas também com Rússia, Turquia, Irã e os países árabes. Mas isso seria difícil, já que para uma operação terrestre ser eficaz, é necessário negociar uma decisão política no Iraque e, acima de tudo, na Síria, e não há consenso sobre esta questão", pontuou.
De acordo com Védrine, não é provável que a posição do Ocidente sobre a permanência no poder do presidente sírio Bashar Assad venha a mudar. No entanto, o político ressaltou que "a questão do futuro da Síria deve ser discutida de forma independente do destino de Assad, caso contrário, permanecerá em um beco sem saída".
Védrine foi ministro das Relações Exteriores do presidente francês Jaques Chirac entre 1997 e 2002, e antes disso serviu como Chefe de Gabinete do presidente François Mitterrand.