Ofensiva terrestre é inevitável para derrotar o Estado Islâmico, diz ex-chanceler francês

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Uma operação terrestre é inevitável se o objetivo é derrotar o Estado Islâmico (EI) e não simplesmente barrar a expansão do grupo, segundo disse o ex-ministro das Relações Exteriores francês Hubert Védrine em entrevista ao jornal russo Kommersant nesta segunda-feira (5).

De acordo com o ex-chanceler, não há alternativa ao lançamento de uma ofensiva terrestre em grande escala para que realmente se consiga destruir o EI.

"Neste caso, a operação terrestre seria uma coalizão internacional em grande escala, naturalmente não só dos países ocidentais, mas também com Rússia, Turquia, Irã e os países árabes. Mas isso seria difícil, já que para uma operação terrestre ser eficaz, é necessário negociar uma decisão política no Iraque e, acima de tudo, na Síria, e não há consenso sobre esta questão", pontuou.

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Ele lembrou também que, para ter legitimidade completa, uma operação precisaria de um mandato do Conselho de Segurança da ONU. Atualmente, os militares russos na Síria operam sob um pedido oficial de Damasco. Outros países, incluindo os EUA e a França, lançaram bombardeios em território sírio sem qualquer mandato.

De acordo com Védrine, não é provável que a posição do Ocidente sobre a permanência no poder do presidente sírio Bashar Assad venha a mudar. No entanto, o político ressaltou que "a questão do futuro da Síria deve ser discutida de forma independente do destino de Assad, caso contrário, permanecerá em um beco sem saída".

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O ex-chefe da diplomacia francesa disse ainda ao Kommersant que seria necessário prever até que ponto um futuro governo seria capaz de unir novamente todos os sírios em um único país, saber se os cristãos e alauítas sírios poderiam ter sua segurança garantida e, enfim, determinar quanto tempo Assad permaneceria no poder.

Védrine foi ministro das Relações Exteriores do presidente francês Jaques Chirac entre 1997 e 2002, e antes disso serviu como Chefe de Gabinete do presidente François Mitterrand.

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