Especialmente quando se trata de assuntos da Síria e da ajuda militar que a Rússia está prestando a Damasco no combate ao grupo terrorista Estado Islâmico.
Maria Zakharova citou vários exemplos de reportagens e matérias divulgadas na mídia ocidental que evitam indicar as fontes das quais as informações foram originalmente obtidas.
#Rusia:"Ustedes, líderes de Estado, son responsables de sus palabras. Muéstrenos los hechos" http://t.co/g3ve1RiFMc pic.twitter.com/ul5sVs50PW
— RT en Español (@ActualidadRT) 6 октября 2015
"Se nós falamos do jornalismo de verdade, e não de um jornalismo que serve aos interesses e alguém, — como podem esses profissionais usar, no seu discurso jornalísticos, palavras como 'existe a opinião'? <…> Qual é essa opinião? Indique-la, indique a fonte!", ressaltou.
Além disso, Zakharova apelou os jornalistas e os representantes das autoridades de vários países a verificar a informação que recebem.
Zakharova:There's a saying that perception is more important than reality.This is what's happening now.Reality is our fight against IS.
— Anna-Lena (@AnnalenaLauren) 6 октября 2015
"Recentemente, a Rússia e os EUA restabeleceram contatos diretos", lembrou, exortando lançar mão deste meio de comunicação direta para evitar a divulgação de informações erradas. "Basta levantar o telefone e ligar", ressaltou.
Comentando a situação em geral, a representante oficial da chancelaria lembrou que após o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, a Rússia expressou as suas condolências e disponibilizou-se a prestar apoio aos EUA, inclusive no Conselho de Segurança da ONU. Agora, os EUA "parecem ter esquecido" isso, almenta Zakharova.
"É lamentável que tenhamos uma memória tão curta", disse a representante oficial.
Maria Zakharova lembrou também que os parceiros da Rússia na ONU têm repetido "uma frase estranha". Eis a frase: "A percepção é mais importante do que a realidade". E a "realidade é o nosso combate ao Estado Islâmico", frisou.
Respondendo a uma pergunta de uma jornalista russa sobre a eventual operação terrestre (além de aérea), Maria Zakharova frisou que não se trata de modo nenhum de outra espécie de ajuda russa à Síria, além da operação aérea solicitada pelas autoridades de Damasco.
Diferença entre ocidente e Rússia
Outra pergunta foi sobre a diferença entre as campanhas aéreas da coalizão ocidental e a russa.
Maria Zakharova ressaltou que a diferença principal está precisamente nisso: que os golpes aéreos por si só não são suficientes, porque o apoio terrestre é necessário. E apoio terrestre é realizado exatamente pelo exército sírio, que tenta combater o Estado Islâmico. No entanto, os EUA, que lideram a coalizão internacional, tem se recusado a admitir a participação das forças leais ao presidente sírio, Bashar Assad, tão como de outros atores locais e internacionais.
As ações do exército sírio podem ser insuficientes também, mas é porque não houve cooperação e coordenação dos esforços entre forças aéreas e terrestres.
Voluntários
Comentando os rumores sobre a eventual inscrição de voluntários para a campanha russa na Síria, Zakharova frisou de novo que a Rússia só está realizando uma operação aérea na Síria para ajudar as forças terrestres, leais ao presidente Assad. Mas não se trata de nenhuma operação terrestre russa.
Terminando o encontro com jornalistas, a representante oficial da chancelaria russa destacou que não se trata de que Bashar Assad seja um "anjo" para a Síria. Mas escolhendo entre manter um presidente não ideal no poder e derrubar o terrorismo, a melhor opção talvez seja exatamente a segunda, advertiu Maria Zakharova.
Em 30 de setembro, a Rússia enviou um regimento da sua Força Aérea para a Síria, respondendo ao pedido correspondente de Damasco, que solicitou ajuda russa no combate aos terroristas do Estado Islâmico. O envio, proposto pelo presidente russo, Vladimir Putin, foi aprovado pelo Conselo da Federação (câmara alta doparlamento russo).
Durante a sua presença na Síria, a aviação russa já destruíu várias bases, centros de comando e campos de treinamento do Estado Islâmico.