Esta declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (7) pela presidente internacional da MSF, Joanne Liu, em entrevista coletiva que teve lugar em Genebra, na Suíça.
"Hoje, nós anunciamos estar procurando que seja realizada uma investigação do ataque de Kunduz pela Comissão Humanitária Internacional de Procura de Fatos. Esta comissão foi estabelecida pelos Protocolos Adicionais do Convênio de Genebra e constitui o único organismo criado especificamente para investigar violações do direito humanitário internacional", disse Liu, que lembrou também que o organismo, criado oficialmente em 1991, ainda não começou a funcionar.
"[A Comissão] requer que um dos 76 Estados assinantes patrocine um inquérito. Até agora, os governos têm sido relutantes ou têm medo de estabelecer um precedente. A ferramenta existe e já está na hora de ser ativada", frisou Liu.
Ontem (6), o general do Exército dos EUA John Campbell reconheceu que a aviação estadunidense tinha assestado um golpe aéreo contra o hospital, onde estavam trabalhando médicos e enfermeiros, inclusive na sala de operações. Segundo Campbell, tratou-se de um "erro", já que supostamente havia informações sobre a presença de militantes do Talibã no território do hospital.
Presidente internacional de #MSF pede #InvestigaçãoIndependente sobre ataque que destruiu hospital em #Kunduz. http://t.co/yEOkyoSrNb
— MédicosSemFronteiras (@MSF_brasil) 6 октября 2015
A presidente do Centro de Operações do MSF em Bruxelas, Meini Nikolai, negou na terça-feira, em conversa com a Sputnik, que houvesse qualquer tipo de militantes ou pessoas estranhas no hospital antes, durante ou depois do ataque.
1/2 MSF seeks investigation into the #Kunduz attack by the International Humanitarian Fact-Finding Commission. #IndependentInvestigation
— MSF International (@MSF) 7 октября 2015
2/2 Signatory States need to activate Commission to reassert protected status of hospitals in conflict. #IndependentInvestigation #Kunduz
— MSF International (@MSF) 7 октября 2015