Stoltenberg falou isso na quinta-feira (8), antes da reunião do Conselho de OTAN ao nível de ministros da Defesa em Bruxelas.
“Na Síria temos observado uma escalada das atividades militares da Rússia que gera preocupações. Daremos uma avaliação aos desenvolvimentos mais recentes e às suas implicações para a segurança da Aliança. Isso é particularmente relevante no contexto de recentes violações do espaço aéreo da OTAN pela aeronave russa”, afirmou Stoltenberg.
“O que temos observado é uma reforçada presença militar russa na Síria. Temos observado ataques aéreos, temos observado ataques dos mísseis de cruzeiro, temos observado intrusões ao espaço aéreo da Turquia e, com certeza, tudo isso é uma razão de preocupações e expressamos as nossas preocupações e temos mantido contatos estreitos om o governo turco e teremos um encontro com o ministro da Defesa turco hoje mais tarde e avaliaremos a situação durante a reunião hoje”, disse Stoltenberg.
“O que estamos vendo é que há uma necessidade renovada das iniciativas políticas para encontrar uma solução política da crise na Síria porque no longo prazo não há resolução militar, é necessário parar hostilidades”, disse Stoltenberg.
Além disso, o chefe da OTAN expressou a sua preocupação com que a Rússia apoia o presidente sírio, Bashar Assad, realizando ataques não somente contra o Estado Islâmico (proibido na Rússia) mas também contra outras forças oposicionistas que foram treinadas pelo Ocidente.
“É preciso encontrar uma resolução política, uma transição e a minha preocupação é que os russos estão alvejando não o Estado Islâmico mas estão alvejando outros grupos oposicionistas e estão apoiando o regime [de Assad] e apelo à Rússia para desempenhar um papel construtivo e cooperativo na luta contra o Estado Islâmico e não continuar apoiando o regime de Assad porque apoiar o regime não significa contribuir de forma construtiva para a resolução política pacífica e duradoura na Síria”, acrescentou Stoltenberg.