No entanto, a chancelaria da China declarou na quinta-feira (8) que nada sabe sobre a possibilidade de participação da Força Aérea chinesa na operação contra o Estado Islâmico na Síria.
Todas as publicações da mídia feitas após o início da operação russa parecem muito pouco plausíveis. O especialista Vasily Kashin, do Centro de Análise das Estratégias e Tecnologias comentou esta questão à Sputnik.
Segundo ele, a mídia menciona o porta-aviões chinês Liaoning, que supostamente estaria navegando rumo às costas da Síria e pronto para usar os seus caças J-15.
“Isso é claramente ficção, é óbvio. Os chineses consideram o porta-aviões Liaoning principalmente como um navio experimental e de treinamento, de acordo com um representante do Ministério da Defesa da China.”
“Para alargar o teatro de operações militares, o Liaoning teria de atravessar o oceano Índico e o Canal de Suez, e só isso seria notícia. Ele teria que ser acompanhado por uma escolta de destróieres, fragatas e navios de abastecimento. Nada disso aconteceu.”
Várias edições, inclusive o jornal libanês Al Masdar, escreveram sobre a possibilidade de a China enviar ajuda técnico-militar "nas próximas semanas ".
"Ao que tudo indica, a China não forneceu ajuda técnico-militar ao governo de Bashar Assad desde o início da guerra – mas forneceu uma igualmente importante ajuda econômica em forma de empréstimos em condições favoráveis."
Enquanto isso, o especialista não descarta a possibilidade de intervenção da China na crise síria:
“A possibilidade de intervenção militar chinesa na situação síria de uma forma ou de outra não deve ser excluída como tal. É claro que a crise síria tem sido objeto de discussão entre a Rússia e a China nas últimas semanas.”
“A China não está interessada em derrotar Assad, porque isso transformaria a Síria num território totalmente controlado por grupos islâmicos radicais, nas fileiras dos quais lutam também chineses de Xinjiang. […] No entanto, a crise síria pode se prolongar por longo tempo e nós simplesmente não sabemos em que estágio a China decidirá intervir. É possível que a cautela prevaleça e a China mais uma vez decida esperar por um momento mais oportuno para a sua chegada à cena mundial como líder.”