"Os governos da França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos afirmam seu apoio total ao texto final do quadro para um governo de acordo nacional e para os líderes líbios que irão formar este governo, escolhido pelos delegados da Líbia após prolongadas e difíceis negociações, facilitadas por Bernardino Leon e a equipa de mediação da ONU ", diz um comunicado conjunto divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA na sexta-feira (9).
Segundo o comunicado, a comunidade internacional está convidando as partes em disputa na Líbia para darem apoio urgentemente aos candidatos indicados pelas Nações Unidas e "irá isolar aqueles que não respeitarem o acordo político."
O governo de acordo nacional é fundamental para uma transição bem sucedida para uma democracia pacífica e estável na Líbia, salientaram os seis países na declaração conjunta.
"Não há mais tempo a perder. O Governo da acordo nacional servirá como entidade legítima na Líbia para garantir a proteção da população civil e para enfrentar a crescente ameaça de grupos terroristas antes que estes se enraízem mais ainda", disse o comunicado, acrescentando que "atrasos na formação de um governo de unidade só irão prolongar o sofrimento do povo líbio e beneficiar terroristas que procuram tirar proveito do caos".
O governo de unidade nacional irá garantir que armas não entrem mais na Líbia, exceto mediante seu pedido e em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, bem como dos termos do referido acordo político, disse o comunicado.
A Líbia se encontra em estado de turbulência desde o início de 2011, após os protestos da Primavera Árabe que levaram a uma guerra civil e a derrubada do líder de longa data do país, Muammar Kaddaf. A instabilidade interna permitiu que o Estado Islâmico (EI) ganhasse terreno no país.
Atualmente existem dois governos rivais na Líbia: o Conselho dos Deputados, internacionalmente reconhecido, baseado em Tobruk, e o auto-proclamado Congresso Nacional Geral, localizado na capital Tripoli.
Os candidatos ao governo propostos pelas Nações Unidas na quinta-feira (8) devem ser aprovados por ambos os governos.