Assange, o fundador do site WikiLeaks, é procurado pelas autoridades da Suécia por acusações de estupro que datam de 2010. Há três anos, ele conseguiu asilo na embaixada do Equador.
Por sua parte, Assange, de nacionalidade australiana, negou as acusações contra ele. Segundo o ativista, trata-se de uma manobra das autoridades suecas para entregá-lo depois aos Estados Unidos — esse país o acusa de espionagem por ter divulgado dados considerados segredo de Estado e mensagens diplomáticas.
Entre outras coisas, o site WikiLeaks divulgou, neste ano, documentos que comprovam que os acordos TiSA, TPP e TTIP, de cooperação econômica internacional, propugnados pelos EUA, prejudicarão as economias mundiais em uma tentativa de subjugá-las ao domínio estadunidense.
Por trás da operação
Várias fontes afirmam que a retirada do cerco policial é provavelmente uma medida que visa distrair Assange para que ele saia da embaixada — e seja preso.
"É meio difícil descifrar isso. Será que eles só estão trocando a presença visível com oficiais encobertos? A polícia metropolitana gastou mais de 12 milhões de libras esterlians com este assédio ridículo que já dura mais de três anos. E agora eles estão colocando contra ele uma equipe disfarçada <…> Se pode especular que eles estariam possivelmente tentando esconder os custos retirando a visibilidade dos oficiais da polícia que têm estado cercando a embaixada no regime de 24/7 desde 19 de junho, três anos há", disse á Sputnik Kristinn Hrafnsson, representante oficial do WikiLeaks.
Gastos
O site govwaste.co.uk, que acumula dados sobre gastos de Estado do Reino Unido, mostra que mais de 25 milhões de dólares (12.592.038,93 libras esterlinas) foram gastos para monitorar Assange desde a sua primeira detenção, em dezembro de 2010.
Esta quantidade equivale, segundo o site, a 8 milhões de porções de comida para os pobres, vacinação para 50 mil crianças ou para pagar a escola para 17 mil estudantes.
Três acusações contra Assange expiraram em agosto; já a demanda por estupro continuará vigente até 2020.