A empresa fabricante de armamentos Almaz-Antey considera que o Boeing provavelmente foi abatido por um míssil de produção mais antiga do que se supunha antes. A Almaz-Antey diz que o míssil foi disparado a partir do território controlado por Kiev e não pelas milícias de Donbass. Lembramos que hoje (13) o Conselho de Segurança da Holanda irá apresentar o relatório completo da sua investigação. A Almaz-Antey desmente as conclusções preliminares do relatório que foram divulgadas à mídia.
Almaz Antey now explaining its #MH17 experiment to explode a Buk missile in front of a Russian-made plane. pic.twitter.com/LvkaMh6I5H
— Christopher Miller (@ChristopherJM) 13 октября 2015
“Nós provamos que o míssil antiaéreo que abateu o Boeing no céu sobre a Ucrânia, só podia ter sido um míssil 9M38 do complexo Buk, lançado a partir dos arredores da povoação de Zaroshenskoye [controlada pelo exército ucraniano]. O último míssil deste tipo foi produzido na União Soviética em 1986”, disse o diretor-geral da Almaz-Antey, Yan Novikov. Além disso, segundo ele, os holandeses não apresentaram provas de que o míssil que abateu o voo MH17 foi disparado a partir da povoação de Snezhnoe, que no momento da tragédia era controlada pelas milícias.
A própria Almaz-Antey explica que, se o míssil tivesse sido disparado a partir de Snezhnoe, não poderia ter atingido o lado esquerdo da aeronave.
Os holandeses também relatam que o míssil que abateu o MH17 seguia uma trajetória ao encontro da aeronave, mas, neste caso, deveria ter atingido o lado direito do avião, explica a Almaz-Antey. Ora, na verdade o impacto ocorreu do lado esquerdo.
Além disso, a empresa divulgou o vídeo do experimento que fez para chegar a estas conclusões.
“A empresa tomou a decisão de realizar um segundo experimento. Tendo em conta o fato de que não tinha à sua disposição aviões Boeing-777 fora de uso, no experimento foi usada uma aeronave Il-86 cuja fuselagem é semelhante à do Boeing-777. O experimento com o uso de um míssil 9M38M1 foi realizado em 7 de outubro”, disse Novikov aos jornalistas.
At last, Almaz-Antey starts sharing videos of explosions. #MH17 pic.twitter.com/bOn5QJgKYq
— Matthew Bodner (@mattb0401) 13 октября 2015
A empresa diz esperar que o seu relatório possa contibuir para uma avaliação objetiva e justa da tragédia ocorrida no céu ucraniano.
Em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur foi abatido no sudeste da Ucrânia, na região de Donbass. Todas as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente. As forças de Kiev e os independentistas da região têm repetidamente se culpado pela tragédia.