MH17: fabricante de armas russo apresenta relatório sobre queda do avião na Ucrânia

© Sputnik / Valery Melnikov / Acessar o banco de imagensFabricante de armas russa apresenta sua visão da queda do avião na Ucrânia
Fabricante de armas russa apresenta sua visão da queda do avião na Ucrânia - Sputnik Brasil
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O Boeing que fazia o voo MH17 de Amsterdã a Kuala Lumpur, em 2014, foi abatido a partir do território ucraniano, apontam os resultados da investigação realizada pela empresa russa Almaz-Antey.

A empresa fabricante de armamentos Almaz-Antey considera que o Boeing provavelmente foi abatido por um míssil de produção mais antiga do que se supunha antes. A Almaz-Antey diz que o míssil foi disparado a partir do território controlado por Kiev e não pelas milícias de Donbass. Lembramos que hoje (13) o Conselho de Segurança da Holanda irá apresentar o relatório completo da sua investigação. A Almaz-Antey desmente as conclusções preliminares do relatório que foram divulgadas à mídia. 

“Nós provamos que o míssil antiaéreo que abateu o Boeing no céu sobre a Ucrânia, só podia ter sido um míssil 9M38 do complexo Buk, lançado a partir dos arredores da povoação de Zaroshenskoye [controlada pelo exército ucraniano]. O último míssil deste tipo foi produzido na União Soviética em 1986”, disse o diretor-geral da Almaz-Antey, Yan Novikov. Além disso, segundo ele, os holandeses não apresentaram provas de  que o míssil que abateu o voo MH17 foi disparado a partir da povoação de Snezhnoe, que no momento da tragédia era controlada pelas milícias.

A própria Almaz-Antey explica que, se o míssil tivesse sido disparado a partir de Snezhnoe, não poderia ter atingido o lado esquerdo da aeronave.

Os holandeses também relatam que o míssil que abateu o MH17 seguia uma trajetória ao encontro da aeronave, mas, neste caso, deveria ter atingido o lado direito do avião, explica a Almaz-Antey. Ora, na verdade o impacto ocorreu do lado esquerdo.   

Além disso, a empresa divulgou o vídeo do experimento que fez para chegar a estas conclusões.

“A empresa tomou a decisão de realizar um segundo experimento. Tendo em conta o fato de que não tinha à sua disposição aviões Boeing-777 fora de uso, no experimento foi usada uma aeronave Il-86 cuja fuselagem é semelhante à do Boeing-777. O experimento com o uso de um míssil 9M38M1 foi realizado em 7 de outubro”, disse Novikov aos jornalistas.

A empresa diz esperar que o seu relatório possa contibuir para uma avaliação objetiva e justa da tragédia ocorrida no céu ucraniano. 

Em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur foi abatido no sudeste da Ucrânia, na região de Donbass. Todas as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente. As forças de Kiev e os independentistas da região têm repetidamente se culpado pela tragédia.

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