O chefe do Conselho de Investigação sobre Segurança, Tjibbe Joustra, disse que o espaço aéreo no Leste da Ucrânia devia ter sido fechado como precaução. No entanto, cerca de 160 aviões civis estavam no ar no momento da tragédia e até o momento em que o espaço aéreo foi fechado na sequência do acidente.
#MH17 live report: 162 flights operated above the area until the airspace was closed after the crash.
— Alex Macheras (@AlexInAir) 13 октября 2015
Segundo os holandeses, os riscos de a aviação civil operar no espaço aéreo do leste da Ucrânia, sacudido por um conflito armado, foram subestimados tanto pelas autoridades ucranianas como pelos operadores aéreos cujas aeronaves estavam no ar na zona do conflito. As autoridades ucranianas deveriam ter fechado o espaço aéreo na zona do conflito mas não o fizeram, embora estivessem cientes da ameaça, resumiu o Conselho de Investigação sobre Segurança.
There was sufficient reason to close airspace; #Ukraine authorities failed to it — #Dutch Safety board #MH17
— Irina Galushko (@IrinaGalushkoRT) 13 октября 2015
A investigação concluiu que o míssil atingiu o lado esquerdo do cockpit. A ogiva que abateu o Boeing malaio foi identificada como 9N314M que pode ser usada tanto em mísseis 9М38 mais velhos, como 9M38M1 mais novos, o que parcialmente corresponde à versão apresentada pela empresa militar russa Almaz-Antey que claramente diz que o míssil usado para abater a aeronave só pôde ser um 9М38 que não é usado no exército russo por muito tempo. Porem,o lado holandês não especificou quem disparou o míssil e o lugar exato de lançamento do míssil. A investigação exclui as versões segundo as quais a aeronave teria sido atingida por um míssil ar-ar ou teria caído em resultado de condições meteorológicas.
O conselho concluiu que uma ogiva 9M314-M causou marcas em forma de laço borboleta na fuselagem do avião, levando à desintegração deste em pleno ar.
A animação mostrou que os objetos encontrados no interior do corpo dos pilotos eram objetos em força de laço borboleta e quadrada. O conselho também indicou uma possível direção a partir de onde ocorreu a explosão, de acordo com as gravações de som feitas no cockpit.
A apresentação terminou. Os que estavam presentes foram convidados a receber uma cópia do relatório completo.
Em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur foi abatido no sudeste da Ucrânia, na região de Donbass. Todas as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente. As forças de Kiev e os independentistas da região têm repetidamente se culpado pela tragédia.
Lembramos que a empresa russa fabricante de armamentos Almaz-Antey também apresentou a sua versão da tragédia na manhã desta terça-feira (13).