Iraque aplaude 'progresso rápido' no combate aos terroristas graças a participação russa

© REUTERS / Thaier Al-SudaniForças do Iraque em Al Hadidiya, ao sul de Tikrit
Forças do Iraque em Al Hadidiya, ao sul de Tikrit - Sputnik Brasil
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Em entrevista exclusiva à Sputnik, Ammar Toama, deputado do Comitê de Segurança e Defesa no Conselho de Representantes do Iraque, destacou que o centro visa coletar dados de inteligência e outra informação.

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Rússia não permitirá rebranding de terroristas
"Um exemplo disso são as operações terrestres empreendidas pelas Forças Armadas do Iraque, apoiadas pelas ‘Forças de Mobilização Popular’ e as tribos iraquianas, o que resultou em um progresso rápido e no desenvolvimento dos eventos — libertação de muitas áreas e cidades no Iraque", explicou Toama.

O centro é uma ferramenta importante no combate ao Estado Islâmico (grupo terrorista proibido na Rússia). Criado há uma semana pelos esforços conjuntos do Iraque, Síria, Irã e Rússia, já contribuiu para a campanha aérea russa na Síria (que Moscou realiza após pedido de Damasco, segundo informações oficiais), fornecendo informações sobre as posições e  infraestrutura dos terroristas.

Mais cedo nesta semana, informava-se que o líder do Estado Islâmico, abu Bakr al-Baghdadi, pode ter sido ferido no resultado de um ataque do exército iraquiano que alvejou inclusive a sua escolta.

A Rússia só está realizando uma operação na Síria de apoio ao exército sírio no seu combate ao Estado Islâmico. No início da semana em curso, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, explicando as ações russas na Síria, explicou que a pouca eficiência das ações da coalizão internacional liderada pelos EUA demonstrou que ataques aéreos por si sós pouco valem – tal como os ataques terrestres. O que é preciso é a conjugação do combate terrestre (do exército sírio) e aéreo (neste caso, da Rússia).

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Kremlin: Bagdá não pediu ataque contra o Estado Islâmico no Iraque
Os EUA e outros membros da coalizão têm insistido que o exército da Síria não podia ser considerado um aliado no combate ao Estado Islâmico por Assad não ser um presidente "legítimo'. A Rússia diverge desta posição, considerando Assad como governante legítimo e apontando para o papel importantíssimo do problema terrorista para o governo do país que tem quase um terço do seu território ocupado por terroristas.

Na entrevista à Sputnik, Ammar Toama não descartou a possibilidade de a Rússia começar uma campanha contra o Estado Islâmico também no território iraquiano:

"Eu não acredito que possa haver um obstáculo no desenvolvimento da coordenação e do apoio russo no combate ao terrorismo no Iraque, para que isso possa incluir golpes aéreos contra as posições do Estado Islâmico. Eu acredito que não há nenhuma objeção a isso, nem da parte do governo, nem dos poderes políticos".

Porém, Kremlin já precisou que tal opção só será possível se houver um pedido oficial de Bagdá.

Em 30 de setembro, a Rússia autorizou o envio da sua Força Aeroespacial à Síria para ajudar o país no seu combate ao Estado Islâmico. A autorização foi aprovada após o pedido correspondente do lado sírio.

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