O Ocidente deve oferecer uma "ajuda real", disse à agência de notícias RIA Novosti o representante especial do presidente russo para o Afeganistão e o diretor do Segundo Departamento da Ásia do Ministério russo das Relações Exteriores, Zamir Kabulov.
"Eu não sei o que isto vai mudar. Eu disse muitas vezes que, cem mil soldados não conseguiram cumprir a tarefa [militar] o que então podem fazer só cinco ou seis mil soldados? Pode ser um apoio moral e político para as autoridades afegãs, que por algum motivo acham que a manutenção da presença militar estrangeira vai facilitar a sua vida e sobrevivência", disse o diplomata russo.
Segundo ele, "as autoridades afegãs e o povo devem confiar principalmente na sua própria força. O Ocidente deve fornecer-lhes assistência real abastecendo essas forças com equipamento militar e civil bem como outras armas que são necessárias neste tipo de situações".
"E, claro, que é o mais importante — ajuda humanitária e a assistência material, sem as quais o governo afegão não pode dar certo. Isso seria muito mais eficaz do que milhares de soldados norte-americanos perseguindo o Talibã pelo Afeganistão", acrescentou ele.
Realidades afegãs e eventos em Kunduz forçaram os Estados Unidos a mudar seus planos no país e manter as forças militares.
"Primeiro de tudo, Kunduz e as perspectivas de repetir a história em outros lugares ao redor das principais cidades do Afeganistão influenciaram os planos dos EUA. Talvez com a exceção de Cabul, que tem a força suficiente para conter os extremistas.