Pele artificial dá nova vida aos sentidos

© AP Photo / Matt RourkePrótese coberto de pele artificial que pode detectar pressão e lançar um sinal sensorial para o cérebro
Prótese coberto de pele artificial que pode detectar pressão e lançar um sinal sensorial para o cérebro - Sputnik Brasil
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Um grupo de cientistas criou uma pele de plástico que pode detectar pressão e lançar um sinal sensorial para o cérebro. O anúncio foi feito pela Universidade de Stanford na quinta-feira (15). A esperança é de que um dia as pessoas serão capazes de sentir com a sua prótese.

A descoberta inspira a esperança de que as pessoas com próteses possam ser capazes sentir com seus membros artificiais.

O professor Zhenan Bao, do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Stanford, que liderou a pesquisa, explicou que o objetivo final de sua equipe é a criação de um tecido eletrônico flexível incorporado com sensores que poderiam cobrir uma prótese e replicar algumas das funções sensoriais da pele real.

"Esta é a primeira vez quando um material flexível semelhante a da pele é capaz de detectar a pressão e também transmitir um sinal para um componente do sistema nervoso," disse Bao.

A pele artificial é composta por duas camadas. A camada superior contém um mecanismo sensor capaz de detectar a pressão usando sensores de plástico que imitam a pele humana. A camada de fundo atua como um circuito e transmite a informação de pressão para o cérebro como pulsos curtos de eletricidade, da mesma forma real que a pele faz.

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Os cientistas foram capazes de ajustar os sensores assim que eles podem detectar uma variedade de pressões: a partir de um leve toque para um aperto firme de mão, assim como sente a pele humana.

"Este trabalho representa certo passo para a utilização da "pele eletrônica" que pode dar uma sensação real com o feedback tátil para as pessoas com membros artificiais", escrevem os cientistas no seu estudo, publicado na revista Science.

A pressão, alvo do estudo atual, é apenas um dos seis tipos de sensação biológica na mão humana. Os cientistas esperam que mais pesquisas permitirão desenvolver diferentes sensores para a pele de plástico que pode replicar, por exemplo, a capacidade de diferenciar materiais, ou temperaturas quentes e frias.

"Nós temos um monte de trabalho para fazer antes que podemos tirar isso da fase experimental e por em prática", disse Bao. — "Mas depois de passar muitos anos neste trabalho, agora vejo um caminho certo para a nossa pele artificial". 

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