Durante a última semana, a Rússia destruiu 363 instalações do Estado Islâmico (EI), enquanto o exército sírio dava prosseguimento a ofensivas em todo o país para combater os grupos terroristas.
A presença da Rússia na Síria também levou a uma mudança no foco dos ataques da coalizão liderada pelos EUA contra o EI. As forças norte-americanas seguem realizando ataques aéreos menores na Síria, geralmente usando drones e se restringindo a áreas próximas das fronteiras iraquianas e turcas.
No entanto, o uso dos drones tem criado problemas de controle do tráfego aéreo, muitas vezes fazendo com que os caças russos sejam obrigados a voar em estreita proximidade com as aeronaves não-tripuladas dos EUA, como mostrou o Ministério da Defesa da Rússia em um vídeo do voo de um drone MQ-9 Reaper.
Em Aleppo, o exército sírio começou uma ofensiva contra o EI com o objetivo de liberar a base aérea de Kweiris. Além disso, as tropas governamentais também liberaram várias aldeias em torno do sul da cidade.
#FOOTAGE Elimination of a militants' strong point (#Aleppo province) https://t.co/eKInDZJCbH pic.twitter.com/PXh7c6aziZ
— Минобороны России (@mod_russia) 21 outubro 2015
A ofensiva parece ser eficaz, já que o EI está deslocando seus combatentes do Iraque para a Síria, de acordo com a inteligência do Ministério da Defesa. Contas no Twitter ligadas ao grupo terrorista têm postado mapas de uma suposta contraofensiva que os jihadistas estariam planejando, e que bloquearia a estrada que o exército sírio utiliza para o abastecimento de Aleppo.
O exército sírio também começou uma ofensiva na província de Latakia, que teve centenas de civis massacrados em anos anteriores pelo grupo terrorista Frente al-Nusra, afiliado à al-Qaeda na Síria.
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Até agora, a campanha matou centenas de militantes, segundo fontes militares sírias, mas continua a ser uma das ofensivas mais difíceis devido ao terreno montanhoso de Latakia.
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Em Damasco, a operação contra o EI e outros grupos terroristas ganhou terreno em vários pontos, de acordo com relatórios oficiais.
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A capital da Síria é dominada pelo governo do país, e em muitas áreas controladas pelo grupo de oposição Exército Livre da Síria foram acordados regimes de cessar-fogo com o governo. No entanto, ainda restam algumas partes controladas pelo EI e outros grupos extremistas, incluindo a Frente al-Nusra.
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No leste de Deir Ezzor, os militares russos destruiram uma ponte importante que previamente permitia ao EI reabastecer um enclave que detinha na cidade. Ofensivas em Homs, Hama e Idlib também continuaram a ganhar terreno.
Não está claro se os mísseis TOW fornecidos pelos EUA, muitos dos quais supostamente acabaram nas mãos de grupos terroristas como a Frente Al-Nusra, continuam a destruir os tanques do exército sírio. Quase nenhum novo vídeo foi publicado; os grupos terroristas têm reutilizado vídeos antigos para apresentá-los como novos, a fim de fazer propaganda.
Radio recon intercepted data about start of talks between #ISIS & Jabhat an-Nusra commanders on alliance against #SYRIA government troops
— Минобороны России (@mod_russia) 21 outubro 2015
Por fim, a Rússia advertiu que algumas unidades da al-Nusra têm estado em conversações formar uma possível coalizão com o EI, que rompeu com outros grupos rebeldes em 2013 em meio à amarga luta por poder.