As autoridades da Letônia alegam que as informações divulgadas pela agência noticiosa russa não correspondem à posição oficial letã e contraditam a legislação do país.
A chefe do serviço notarial do Registro de Empresas da Letônia, Guna Paidere, decidiu não revogar a decisão tomada em 27 de agosto de negar o registo da agência noticiosa russa na Letônia. A informação respetiva, antes de ser publicada no site da entidade letã, foi divulgada na noite da quinta-feira (22) pela representante do Registo de empresas Evija Ivdra:
"A recusa de registrar continua em conexão com o fato que o conteúdo da mídia contradita a Constituição da Letônia e a posição oficial do país".
A editora-chefe da agência Margarita Simonyan comentou a situação e disse:
“O país precisa de locais de trabalho, mas eles são sucessivamente substituídas por fobias.”
Em 25 de setembro Guna Paidere recebeu o pedido de revogar a decisão sobre a Rossiya Segodnya e a decisão foi divilgada na noite de 22 de outubro.
O Registo de Empresas da Letônia recebeu o pedido oficial sobre o registro da Rossiya Segodnya em 29 de abril de 2015. O pedido foi rejeitado nos finais de agosto e a agência russa tinha o prazo de tempo até 4 de outubro para recorrer da rejeição, o que fez.
Mais cedo, o diretor-geral da agência internacional Rossiya Segodnya, Dmitry Kiselev, declarou que avalia a motivação da decisão da parte letã como um absurdo; disse ainda que é parecida com a censura direta.
A Agência Internacional de Informações Rossiya Segodnya foi criada por decreto do presidente russo, Vladimir Putin, em 9 de dezembro de 2013 com base na agência noticiosa russa RIA Novosti e a emissora de rádio Golos Rossii (Voz da Rússia).