Pentágono teme que Rússia possa cortar a internet dos EUA

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Serviços militares e de inteligência dos EUA estão preocupados com a movimentação "agressiva" de alguns submarinos russos próximo a importantes cabos de comunicação responsáveis por levar a internet para praticamente todo o mundo, informou nesta segunda-feira, 26, o jornal New York Times.

A publicação destaca que a maior preocupação não se deve à possibilidade de os russos interceptarem dados transmitidos pelos cabos, já que tal hipótese foi estudada e descartada pelas agências norte-americanas ainda nos tempos da Guerra Fria.

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A preocupação recai mesmo sobre a capacidade da Rússia de atacar esses cabos em tempos de algum conflito global, cortando instantaneamente a comunicação de instituições políticas e econômicas dos EUA, bem como da sua população.

O artigo diz que apesar de não haver quaisquer indícios sobre danos atuais a esses cabos, a cúpula militar dos EUA se mostra cada vez mais preocupada com relação a esta questão. Junto a isso, os atuais debates presidenciais no país indicam que as autoridades norte-americanas enxergam a Rússia através de um prisma de desconfiança comparável à época da Guerra Fria.

Informações sobre movimentações militares da Marinha russa são cuidadosamente escondidas pelo Pentágono e pelas agências de inteligência dos EUA, bem como as possíveis medidas que poderiam ser tomadas por Washington em resposta a possíveis ataque aos cabos submarinos pela Rússia.

O jornal garante que os militares dos EUA estão acompanhando de perto e dando grande importância a esta questão.

"Me preocupo diariamente com o que os russos possam fazer" – revelou ao New York Times o comandante da frota de submarinos dos EUA Frederick Reggae.

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A publicação apresentou informações de que no último mês o navio russo Yantar, equipado com dois aparelhos submarinos de águas profundas, se moveu lentamente da costa leste dos Estados Unidos em direção à Cuba, em percurso que coincide que a localização de um dos mais importantes cabos de comunicação, próximo à uma base naval dos EUA na baía de Guantánamo. O navio russo teria sido monitorado com ajuda de satélites, navios e aviões. Representantes da Marinha norte-americana declararam ao jornal que aparelhos submarinos desse tipo podem facilmente romper um cabo de comunicação até mesmo em grandes profundidades.

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