As declarações foram feitas pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta terça-feira, 27, ao canal de TV russo Rossiya 24.
“Acontece que foi endereçado exatamente a essa pessoa [Le Drian] o pedido do lado russo para indicar os locais nos quais, na opinião ocidental, se encontram os membros do Estado Islâmico que devem ser bombardeados. Nós não recebermos resposta a esta questão. Mas regularmente, durante coletivas e por via da mídia, ouvimos dizer que fizemos algo errado.”
“Pelo que compreendo, as declarações foram feitas após a publicação de matérias por uma série de sites, que não deixaram dúvidas sobre o papel que o governo britânico desempenhou no momento de tomada de decisões sobre o Iraque, governo que na época incluía o senhor Blair. Por isso, acho que as discussões e o fato que “os esqueletos terem sido tirados do armário” são uma medida forçada e não a voz da consciência, não um desejo de analisar realmente a situação atual.”
Além disso, segundo sublinhou Zakharova, Moscou não interrompeu o trabalho de criação de condições para o começo de diálogo entre o governo sírio e a oposição, mesmo que forças externas nada façam para ajudar o processo.
“Tudo são elementos da mesma campanha midiática: submarinos que cortarão cabos em caso de qualquer ameaça, o fato de atingirmos alvos errados, matarmos civis etc.”
Segundo Maria Zakharova declarou mais cedo, a Rússia enfrentou uma agressão informática sem precedentes após o início da operação que iniciou em 30 de setembro, por enviar um regimento da sua Força Aérea para a Síria, respondendo ao pedido de Damasco de ajuda russa no combate aos terroristas do Estado Islâmico. O envio, proposto pelo presidente russo, Vladimir Putin, foi aprovado pelo Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo).
Durante a sua ação na Síria, a aviação russa já destruiu várias bases, centros de comando e campos de treinamento do Estado Islâmico.