Falando com jornalistas do canal televisivo MIR, Kerry disse:
"É claro que nós planejamos coordenar as nossas ações com a Rússia, mas não queremos limitar-nos a isso. Nós gostaríamos de algo mais, mas isso depende da Rússia, das decisões que esse país toma no que toca ao aspecto político da instauração da paz".
Comentando a situação atual entre os dois países, o secretário de Estado destacou "uma reunião muito produtiva que aconteceu em Viena recentemente".
"O ministro das Relações Exteriores da Federação da Rússia, Sergei Lavrov, co-presidiu a sessão. E tanto a Rússia, como os EUA puderam dar um passo rumo à solução pacífica de instauração da paz. Certo, nós queremos cooperar e não nos confrontar, mas isso depende da escolha que a Rússia irá fazer".
Levantar sanções — com uma condição
Além disso, Kerry afirmou que os EUA podem levantar as sanções impostas à Rússia com uma condição. A condição é a seguinte: que a Rússia cumpra os Acordos de Minsk.
"Os acordos de Minsk devem ser realizados. Eles exigem certas ações de todas as partes: da parte dos separatistas, da parte da Rússia, da parte de Kiev [capital da Ucrânia], e é muito importante que as partes respeitem os acordos alcançados. Os armamentos pesados devem ser retirados e as fronteiras estatais devem permanecer intactas. A OSCE [Organização de Segurança e Cooperação na Europa] deve ser admitida para monitorar a situação", disse John Kerry.
Por sua parte, Moscou tem afirmado muitas vezes que a Rússia não tem nada a ver com os acontecimentos no Sudeste da Ucrânia, não participa direta ou indiretamente de ações militares, não fornece armamentos a nenhuma parte e, em suma, não é uma parte no conflito.